domingo, 5 de julho de 2009

Ataques matam duas pessoas e deixam 21 feridos no Iraque

Pelo menos duas pessoas morreram e outras 21 ficaram feridas em vários ataques registrados neste domingo na província de Diyala, a nordeste de Bagdá. Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas na explosão de uma bomba escondida no carro em que viajavam no oeste de Baquba, capital de Diyala. Fora isso, um civil morreu na explosão de uma bomba colocada perto de uma loja dedicada à venda de discos, no leste de Baquba. Outras duas bombas, que foram detonadas de maneira simultânea no leste dessa mesma cidade, deixaram feridas 15 pessoas, entre elas duas mulheres e três crianças. Um civil sofreu um ferimento à bala ao ser atacado por desconhecidos na zona de Al-Tahrir, no sul da cidade. Também hoje, uma patrulha militar americana foi atacada por um grupo armado na localidade de Al-Ameriya, próxima também a Baquba, mas ainda não se sabe se houve baixas entre os soldados. Os incidentes acontecem cinco dias depois de as tropas americanas concluírem sua retirada de todas as cidades iraquianas.


Lucas Hinsching da Silva - 2.3.1

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Irã exige desculpas da UE para dialogar sobre programa nuclear

Irritado com as críticas da União Europeia ao modo como lidou com os protestos pós-eleição, o governo do Irã acusou nesta quarta-feira o bloco de se intrometer em seus assuntos e exigiu um pedido de desculpas antes de retomar qualquer conversação sobre o programa nuclear iraniano.


O principal comandante militar do Irã impôs a condição em meio a contínuas recriminações sobre a eleição presidencial de 12 de junho, na qual o conservador Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito,
derrotando rivais que insistem que a eleição foi fraudada para beneficiá-lo.

"Por causa da interferência deste grupo (a UE) nos distúrbios depois da eleição... eles perderam qualificação para manter conversações sobre questões nucleares com o Irã", disse o general Hassan Firouzabadi.

Três potências da UE -- Grã-Bretanha, França e Alemanha -- mantiveram negociações com o Irã sobre suas atividades nucleares, que o Ocidente suspeita tenham como objetivo a produção de bombas atômicas. O Irã diz que o programa é integralmente pacífico. O Irã rejeitou a exigência, dizendo ter o direito de enriquecer urânio, já que é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, demonstrou interesse em se juntar às negociações, mas os tumultos pós-eleitorais complicaram qualquer envolvimento norte-americano com o Irã.
Os ultraconservadores iranianos, que consolidaram seu controle do poder depois que as forças de segurança suprimiram os protestos de rua, culparam as potências estrangeiras pelas manifestações, as mais graves desde a Revolução Islâmica, de 1979. Junto com os Estados Unidos, Rússia e China, as nações do bloco europeu ofereceram ao Irã um pacote de incentivos econômicos, entre outras vantagens, em troca de sua desistência de enriquecer urânio -- um processo de produção de combustível utilizado em usinas de energia elétrica, mas também com potencial de uso na fabricação de bombas atômicas.

Luiz Henrique Eltermann Viotti - 2.3.1