O principal comandante militar do Irã impôs a condição em meio a contínuas recriminações sobre a eleição presidencial de 12 de junho, na qual o conservador Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito,
derrotando rivais que insistem que a eleição foi fraudada para beneficiá-lo.
"Por causa da interferência deste grupo (a UE) nos distúrbios depois da eleição... eles perderam qualificação para manter conversações sobre questões nucleares com o Irã", disse o general Hassan Firouzabadi.
Três potências da UE -- Grã-Bretanha, França e Alemanha -- mantiveram negociações com o Irã sobre suas atividades nucleares, que o Ocidente suspeita tenham como objetivo a produção de bombas atômicas. O Irã diz que o programa é integralmente pacífico. O Irã rejeitou a exigência, dizendo ter o direito de enriquecer urânio, já que é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, demonstrou interesse em se juntar às negociações, mas os tumultos pós-eleitorais complicaram qualquer envolvimento norte-americano com o Irã.
Os ultraconservadores iranianos, que consolidaram seu controle do poder depois que as forças de segurança suprimiram os protestos de rua, culparam as potências estrangeiras pelas manifestações, as mais graves desde a Revolução Islâmica, de 1979. Junto com os Estados Unidos, Rússia e China, as nações do bloco europeu ofereceram ao Irã um pacote de incentivos econômicos, entre outras vantagens, em troca de sua desistência de enriquecer urânio -- um processo de produção de combustível utilizado em usinas de energia elétrica, mas também com potencial de uso na fabricação de bombas atômicas.
Luiz Henrique Eltermann Viotti - 2.3.1
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