quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Páginas de um livro que tacha Hezbollah como terrorista são arrancadas


Um centro de ensino particular libanês optou por arrancar as páginas de um livro-texto que descrevia o Hezbollah como um grupo terrorista, depois que um ministro do grupo reclamou formalmente com o titular da Educação.
O manual de "História Moderna do Mundo", utilizado por alunos do oitavo curso do colégio International College de Beirute há sete anos, foi impresso nos Estados Unidos, onde o Hezbollah é considerado um grupo terrorista.
No Líbano, o Hezbollah é considerado um grupo de resistência que combateu a ocupação israelense do sul do país, que durou 22 anos.
O ministro do Trabalho libanês, Mohammad Fneich, que é membro do Hezbollah, apresentou uma queixa contra o texto ao titular da Educação, Bahia Hariri, e pediu que fosse tomada uma ação contra o colégio em questão.
O ministério da Educação convocou o diretor do International College, John Johnson, que, após ouvir a queixa, optou por arrancar as páginas do livro, em vez de retirá-lo de circulação.
Além de ter um ministro no governo interino, o Hezbollah conta com 11 deputados no Parlamento, administra vários colégios e hospitais, e realiza obras sociais para ajudar, sobretudo, as famílias dos combatentes xiitas que morreram na luta contra Israel.
A televisão Al Manar, porta-voz do Hezbollah, afirmou que o mencionado livro-texto não só descreve seu movimento como terrorista, mas também os grupos palestinos Hamas e Jihad Islâmica.



Lucas Hinsching da Silva - 2.3.1

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